terça-feira, 24 de julho de 2012

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM - 1


©      O desenvolvimento e a aprendizagem começam no momento em que a pessoa nasce e se relaciona com suas necessidades, sentimentos e potencialidades.
©      O desenvolvimento afetivo depende das atitudes da família e do interesse em fazer com que o sujeito aumente suas possibilidades como ser humano e seja independente.
©      A mãe é quem mais acaricia e manuseia a criança, e isso serve para que esta organize as suas sensações e as transforme em um mapa cognitivo em si mesma.
©      Quando a criança se encontra isolada e ninguém fala com ela, ocorrem movimentos estereotipados.
©      Nos primeiros dezoito meses de vida podem ocorrer as primeiras perturbações pessoais se faltar à criança estímulos.  Para tanto é necessário que a criança seja rodeada por um ambiente afetivo e acolhedor.
©      Os pais e os irmãos constituem o ambiente social e emocional para desenvolver uma conduta afetiva positiva por meio da interação. Uma relação positiva com os demais permite que a criança satisfaça suas necessidades e consiga um controle para encarar seus sentimentos e aceitar os demais.
©      Desde o momento de seu nascimento a criança se encontra em um estado de dependência absoluta. Para poder crescer, desenvolver-se, integrar-se socialmente e até mesmo sobreviver, ela precisa dos outros.
©      Para conseguir sua independência e alcançar sua autonomia, também precisa considerar-se como indivíduo singular diferente dos demais, fortalecendo sua identidade, superando e se dissociando de tudo o que a rodeia.
©      Para chegar a isso, é essencial que haja um processo de desenvolvimento evolutivo que começa no momento do nascimento e dá lugar a uma personalidade madura e harmoniosa graças à combinação de diversos fatores, entre os quais podemos citar:
·        Fatores Constitucionais > sistema nervoso central, sistema nervoso autônomo, sistema glandular, constituição física, capacidade intelectual, etc.
·        Desenvolvimento psicomotor > que ajuda a criança a ampliar seu meio físico iniciando, assim, uma etapa de exploração e independência que a permite mover-se relacionar-se livremente com os objetos.
·        Desenvolvimento intelectual > mediante o qual interioriza, compreende e interpreta a estimulação externa, iniciando a formação de suas estruturas cognitivas.
·        Desenvolvimento afetivo-social > que permite estabelecer relações com os demais, ampliando e enriquecendo seu processo de socialização. Por último, as experiências transmitidas pelos agentes sociais (família, escola, sociedade) contribuição para que esse sujeito alcance maturação.
©      Com a integração de todos esses elementos, o sujeito vai traçando o perfil de sua identidade, que será completada com a busca de um modelo de conduta com o qual se quer parecer. Se o modelo escolhido satisfaz suas expectativas, a criança começa a formar uma personalidade ajustada, mas, se o modelo é inadequado e não há integração dos outros fatores, começam os desajustes e as frustrações, que terão uma influência negativa em seu rendimento escolar.
©      A formação integral do indivíduo era e é o objetivo principal de qualquer processo de aprendizagem. Para a conquista dessa formação, a afetividade contribui de modo especial, pois é por meio dela que o sujeito estabelece relações com o meio, primeiro com seus pais, depois com os outros membros da sociedade.
©      Seu desenvolvimento intelectual e seu processo de socialização dependem, em grande parte, da maneira como a criança desenvolve seus primeiros contatos afetivos (Piaget, Manco, Erickson). Os vínculos estabelecidos entre o afetivo e o intelectual são tão estreitos que não é possível dissociá-los.
©      A afetividade foi um tema retomado pela Psicologia Cognitiva e é de tal importância que deu lugar a uma nova disciplina, a Psiconeuroimunologia, baseada no lema de demonstrar o papel determinante da afetividade no desenvolvimento e na cura das doenças. “Com o auxílio de atenções, ternuras e carícias até doentes desenganados viram seus males desaparecer”.
©      Tudo o que acontece com a criança, desde o seu nascimento, tem importância. O modo como a criança adquire suas experiências marca sua estabilidade ou instabilidade emocional ao longo de sua vida, isto é, o ambiente afetivo que a rodeia influi de forma definitiva em seu desenvolvimento, marcando seu caráter e sua personalidade.
©      Winnicott não se cansa de ressaltar a importância do papel da mãe nessa primeira etapa da vida e descreve as vantagens do que ele chama de “um bom holding”, ela será a primeira figura de apego que, posteriormente, facilitará suas relações interpessoais assim como sua harmonia comportamental.
©      O estado emocional da mãe influencia no estado emocional do filho, portanto, se a mãe é ansiosa, o filho o será, sendo o contrário, ou seja, mãe calma, feliz, o filho será mais calmo, mais feliz.
©      O ambiente em que a criança vive é, portanto, muito importante para a própria saúde emocional da criança. Este ambiente deve ser equilibrado, nem afeto de mais, nem de menos, pois a superproteção e a falta de proteção pode causar problemas de desajustes comportamental nas crianças.
©      O conceito de afetividade, em seu sentido estrito, é a resposta emocional e sentimental de uma pessoa a um estímulo, a uma situação. Blendes a define como o conjunto do acontecer emocional no qual, os sentimentos, as emoções e a paixões seriam seus componentes.
©      Os psicólogos da introspecção fazem distinção entre emoções, sentimentos e paixões.
·        As emoções > Estados afetivos que chegam súbita e bruscamente em forma de crises mais ou menos violentas e mais ou menos passageiras
·        Os sentimentos > Corresponderiam a estados afetivos complexos, estáveis, mais duradouros que as emoções, mas menos intensos.
·        As paixões > Seriam estados afetivos que participam das características das emoções e dos sentimentos, pois possuem a intensidade da emoção e a estabilidade do sentimento.
©      A emoção é um capítulo complexo da Psicologia. Por meio das emoções o sujeito expressa grande parte de sua vida afetiva (alegria, tristeza, ira, ciúme, medo...); sem a emoção seríamos máquinas e, portanto, insensíveis. Embora durante muito tempo as emoções precisassem ser dissimuladas, hoje fazem parte da motivação, e em certos momentos podem ser definidoras de nossa conduta, transmitindo sem palavras nosso estado de ânimo.
©      Seu controle é regulado pelas normas sociais e culturais, que marcam a diversidade no comportamento humano. Na emoção influem tanto os elementos genéticos de amadurecimento do indivíduo como os elementos situacionais de aprendizagem. As diferentes emoções aparecem progressivamente ao longo do desenvolvimento psicológico da criança e são vínculos entre os sentimentos, o caráter e os impulsos morais
©      Os pais são responsáveis de proporcionar a segurança da criança, sua alimentação, suas necessidades básicas, para que a criança possa estabelecer associações de bem estar e o comportamento materno. A partir desse momento começa a estender a confiança ao restante do meio; se os pais não oferecem tanta segurança, é o início de um sentimento de carência afetiva que a marca ao longo de sua vida.





CÍCERA MARIA