sábado, 28 de junho de 2014

PÁTRIA DE CHUTEIRAS



Coração na mão! JOGO DA SELEÇÃO DO BRASIL

 

Não há como duvidar: O Brasil ama futebol, e o futebol é sua pátria. Só por ele se canta o HINO NACIONAL À CAPELA.
Por ele, o futebol, se chora, sofre, grita, esbraveja, ama, odeia!
Pelo futebol,pela Seleção brasileira, o povo se torna DONO DO SEU PAÍS, DA SUA PÁTRIA DE CHUTEIRAS E ÁI DE QUEM FALAR MAL.
Pode-se dizer: 'Nem ligo, não ganho nada...' O jogo começa e as pessoa ficam num canto, escondida, mas torcendo, sem grito, sofrendo mais...
Enquanto os que nem querem saber se ganham dinheiro ou não, querem mesmo é torcer e gritar gooooolllllllllll do Brasil!





Passa o tempo regulamentar, 90 minutos e continua o empate. Agora é mata, mata, tem que ter vencedor.
Prorrogação, mas alguns minutos de desespero. Coração na mão. Cruza os dedos. Tensão...
Não deu, ainda empate!
E agora? As duas seleções querem ficar. Torcida tensa. Uma breve reunião, todos os jogadores, será que dizem:'Força, vamos tentar mais, vamos pra cima!'?
Troca de jogador dos dois lados. Mais 15 minutos... N E R V O S O!
Cadê o gol? E o coração está apertado, a garganta querendo gritar goooll num alívio total e passam os minutos, toque de bola, chute pra cá, pra lá... De repente a seleção adversária chuta e ....
Quase!....
'Não, graças a Deus não!':  Grita o povo patriota da pátria de chuteiras!
No semblante dos jogadores está a tensão, a dor de tanto esforço físico e mental. Não joga bem? Não importa se fizer o gol e ganhar...
Dois jogadores adversários no chão, será fita? Eles também querem ganhar, mas só que não!
É nossa, tem que ser!
E o jogo segue e a torcida em suas casas, nas ruas, nos bares, nas esquinas, no estádio... O tempo que não passa, o gol que não vem - pra nós é claro.
Caro leitor, a esta altura você já deve ter percebido que eu também sou torcedora, mas não grito, não olho para a TV, só em raros momentos para ver o que está acontecendo... Espero o momento, o momento de acalmar o coração e fazer o que gostamos, comemorar.

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OS MOMENTOS TENSOS DO JOGO...

3' do segundo tempo  prorrogação- Marcelo tenta o lançamento para Neymar, mas erra.
5' do segundo tempo prorrogação - Pinilla domina na entrada da área e chuta forte. A bola sobe demais e vai para fora.
8' do segundo tempo prorrogação - APOIO> Torcida conta "Eu acredito!" nas arquibancadas.
14' do segundo tempo - prorrogação -Hulk arrisca de muito longe e a bola passa por cima do gol de Bravo.
15' do segundo tempo-prorrogação - Neymar puxa contra-ataque, toca para Hulk, mas o atacante é desarmado.
16' do segundo tempo prorrogação -UUUUUH! Ramires chuta de fora da área e a bola passa raspando na trave direita de Bravo.

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O técnico das duas seleções estão desesperados, Decisão nos pênaltis!!!
Vai para pênalti!!!! E agora, quem ganha? Dizem que é 50% sorte e 50% talento, dividido entre jogador que chuta ao gol e o goleiro que tem que agarrar...

Técnico define os batedores do pênaltis e a tensão só aumenta. Os comentários são: "Sabíamos que o jogo seria difícil, mas não esperava tanto."
É mais responsabilidade para o goleiro!

E a pátria de chuteira, grita!

Confiar e fé em Deus, gritam os torcedores,,,,

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Penaltis - Luiz Gustavo faz uma oração no meio-campo antes da disputa das penalidades.
Penaltis -GOOOOOL - David Luiz bate bem e abre o placar. 1 a 0.
,Penaltis - DEFENDEU!! Pinilla bate e Julio César defende. Segue 1 a 0.

E como está o coração? Na mão, na garganta!!!

penaltis- GOOOOOOL! Marcelo bate no canto esquerdo de Bravo e marca. 2 a 0 para o Brasil.
penaltis - GOOOOL! Aránguiz bate firme no ângulo e diminui. Agora está 2 a 1 para o Brasil.
penalti - Marcelo Díaz
MEIO-CAMPOPENALTI -   GOOOOOL!DÍAZ BATE NO MEIO DO GOL E EMPATA. 2 A 2.
PENALTI- GOOOOOOLLL! NEYMAR BATE NO DIREITO E COLOCA O BRASIL EM 
PRONTO, O GOOOOOOOOL DO BRASIL
PENALTI VANTAGEM. 3 A 2 Jara bate na trave e o Brasil está classificado para as oitavas de final: 3 a 2.______________________________///____________________
AGORA TODOS GRITAM, É GOOLLL ESTAVA PRESO NA GARGANTA.É ASSIM, CARO LEITOR, NÃO ADIANTA FALAR, O BRASIL É O PAÍS DO FUTEBOL E SOFRE E RI E GRITA E TORCE É ASSIM.
 FINAL DO JOGO- A TORCIDA GRITA: TORCIDA BRASILEIRA CANTA "O CAMPEÃO VOLTOU" APÓS A VITÓRIA NOS PÊNALTIS.

CÍCERA MARIA

Pra Frente Brasil Os Incríveis Compositor: Miguel Gustavo

O amor exige espera - Pe. Fábio de Melo - Programa Direção Espiritual 20...

 

Palavras de Padre Fábio de Melo
Queridos amigos,

Em virtude da polêmica que envolveu minha fidelidade à Ortodoxia Católica, venho esclarecer alguns pontos.

Em nenhum momento da minha vida atentei contra a sacralidade da Igreja Católica Apostólica Romana. Sou Mestre em Teologia Dogmática e zelo muito para que minha pregação esteja de acordo com os ensinamentos da Igreja. Este é o credo que professo: “Creio na Santa Igreja Católica Una, Santa, Católica e Apostólica.” Nunca inventei uma crença particular, ou um modo diferente de compreender esta profissão de fé.

A expressão que usei no programa de “De frente com Gabi”, “Jesus queria o Reino de Deus, mas nós demos a Ele a Igreja” é uma expressão muito usada nos bastidores acadêmicos que frequentei em minha vida, e está distante da proposta herética que ela já representou em outros tempos. O significado evoluiu.

Nossa Fundação é Santa, pois fomos instituídos pelo Cristo. “A Igreja é um corpo, em que nós somos os membros e Jesus Cristo é a cabeça (Col 1,18; I Cor 12,27). Na cabeça o Reino já está estabelecido. Em Cristo, o Reino já está plenamente manifestado. Mas os membros do corpo ainda estão no contexto da busca, pois continuamos arrastando as consequências adâmicas do nosso pecado. E por isto, mesmo que em Cristo o Reino já esteja plenamente manifestado, em nós, Igreja, povo de Deus, ele continua sendo a meta que nunca deixamos de buscar.

O Concílio Vaticano II, através de sua Constituição Dogmática Lumen Gentium, enfatizou que a Igreja é povo de Deus. O povo é errante, pois apesar de estar mergulhado nas graças do batismo, ainda sofre as consequências da fragilidade que o pecado lhe deixou. O mesmo Concílio declarou "O Reino de Cristo já presente em mistério, cresce visivelmente no mundo pelo poder de Deus..." (LG 3).

Presente em mistério. Isto é, cabe a nós, membros deste corpo, apressar a sua chegada. A Igreja é triunfante, mas também é peregrina, penitente, pois que carrega em sua carne a fragilidade de seus membros.

Sim, a Igreja é santa, mas comporta em seu seio os pecadores que somos nós. E por isso dizemos, também com o perigo da imprecisão teológica: “A Igreja é Santa e pecadora”. Bento XVI sugeriu modificar a expressão. “A Igreja é Santa, mas há pecado na Igreja”. Notem que ele salvaguarda a santidade na essência.

Mas o pecado existe na Igreja. Por isto rezamos nas liturgias diárias pelo Santo Padre, pelos bispos, pelo clero, pelo povo de Deus. Clamamos por purificação, luzes em nossas decisões, pois sabemos que é missão do Espírito encaminhar na terra a Igreja que ainda não é Reino de Deus (porque maculada pelos nossos pecados), e que ao Cristo damos diariamente. Mas nós caminhamos na esperança. Sabemos que um dia todas as partes do corpo estarão agindo em perfeita harmonia com a cabeça. Seremos a “Jerusalém Celeste”.

Eu assumo que errei ao usar a expressão. Eu não estava numa sala de aula, lugar onde a Ortodoxia convive bem com a dialética. Não considerei que muitos telespectadores poderiam não entender o contexto da comparação. E por isso peço desculpas. E junto às desculpas, faço minha retratação. Nunca tive problema em assumir meus equívocos. Usei uma expressão que carece ser contextualizada com outras explicações, para que não pareça irresponsável, nem tampouco herética.

Repito. Eu não nego nem neguei a definição dogmática expressa na Lumem Gentium, Número 5.

“O mistério da santa Igreja manifesta-se na sua fundação. O Senhor Jesus deu início à Sua Igreja pregando a boa nova do advento do Reino de Deus prometido desde há séculos nas Escrituras: «cumpriu-se o tempo, o Reino de Deus está próximo» (Mc. 1,15; cfr. Mt. 4,17). Este Reino manifesta-se na palavra, nas obras e na presença de Cristo. A palavra do Senhor compara-se à semente lançada ao campo (Mc. 4,14): aqueles que a ouvem com fé e entram a fazer parte do pequeno rebanho de Cristo (Luc. 12,32), já receberam o Reino; depois, por força própria, a semente germina e cresce até ao tempo da messe (cfr. Mc. 4, 26-29). Também os milagres de Jesus comprovam que já chegou à terra o Reino: «Se lanço fora os demónios com o poder de Deus, é que chegou a vós o Reino de Deus» (Luc. 11,20; cfr. Mt. 12,28). Mas este Reino manifesta-se sobretudo na própria pessoa de Cristo, Filho de Deus e Filho do homem, que veio «para servir e dar a sua vida em redenção por muitos» (Mt. 10,45).”

E quando Jesus, tendo sofrido pelos homens a morte da cruz, ressuscitou, apareceu como Senhor e Cristo e sacerdote eterno (cfr. Act. 2,36; Hebr. 5,6; 7, 17-21) e derramou sobre os discípulos o Espírito prometido pelo Pai (cfr. Act. 2,33). Pelo que a Igreja, enriquecida com os dons do seu fundador e guardando fielmente os seus preceitos de caridade, de humildade e de abnegação, recebe a missão de anunciar e instaurar o Reino de Cristo e de Deus em todos os povos, e constitui o germe e o princípio deste mesmo Reino na terra. Enquanto vai crescendo, suspira pela consumação do Reino e espera e deseja juntar-se ao seu Rei na glória.”

Agradeço pela prece dos que me acompanharam neste momento tão sofrido.

Com minha benção,

Padre Fábio de Melo.



cícera maria

terça-feira, 24 de junho de 2014

É tempo de São João - 01 - Pout-pourri (Pula a fogueira) - Músicas de FESTA JUNINA (Quadrilhas)











É tempo de São João

Nesta época do ano, as festas juninas tomam conta do
Nordeste do país. A celebração, nascida do encontro entre tradições
pagãs, cristãs e indígenas, é uma das mais originais expressões da
cultura popular brasileira



Divulgação
Apresentação de quadrilhas na
pirâmide do Parque do Povo, em Campina Grande. A cidade pernambucana é
palco de um dos maiores eventos do gênero no mundo
por Nadja Carvalho


O termo “festa junina” está
associado a tradições de países cristãos europeus que prestam homenagem a
São João no dia 24 de junho. Originalmente, o evento era uma festa pagã
que comemorava a chegada do solstício de verão no Hemisfério Norte.
Transportada para o Hemisfério Sul, a data foi associada ao solstício de
inverno.

Com a evangelização da Europa, na Idade Média o ritual
pagão foi incorporado ao calendário cristão. O 24 de junho passou a
comemorar o nascimento de São João Batista. Logo, outras datas do mês
foram associadas a santos populares: o dia 13 é dedicado a Santo
Antônio; o dia 29, a São Pedro e São Paulo; e o dia 30 homenageia São
Marçal. A mistura entre festas cristãs de santos e folguedos pagãos
recriam até hoje novas práticas culturais.

Os rituais trazidos
principalmente por portugueses, mas também por espanhóis, holandeses e
franceses, deram origem a diversos tipos de celebrações nas diferentes
regiões do país. A miscigenação étnica entre índios, africanos e
europeus fez brotar no país uma série de belas expressões artísticas,
como cantorias de viola e cordéis; emboladas de coco e cirandas; xote,
xaxado e baião, sem falar nas quadrilhas e forrós.

Um dos
grandes símbolos das festas juninas é a fogueira de São João. Segundo a
tradição católica, ela surgiu na noite do nascimento do santo, quando
sua mãe, Isabel, teria mandado acender uma fogueira nas montanhas da
Judeia para anunciar a chegada do filho ao mundo. Outros vão dizer que o
costume foi introduzido pelos primeiros cristãos, que acendiam
fogueiras na festa de São João para lembrar que foi ele quem anunciou a
vinda de Cristo, o símbolo da luz divina. Reza a tradição que a fogueira
de São João deve ter a forma de uma pirâmide com a base arredondada.

Os versos da música O balão vai subindo,
de domínio público, registram a sobrevivência desse costume nas festas
juninas brasileiras: “São João, São João, acende a fogueira no meu
coração”. A canção faz referência também à prática de soltar balões para
sinalizar o início das festas, hoje proibida devido aos riscos de
incêndio. Outra tradição associada às chamas é soltar pequenos
explosivos e fogos de artifício para acordar o santo dorminhoco, como
cartucho, treme-terra, rojão, buscapé, espadas de fogo, chilene, cordão,
cabeção de negro, traque e cobrinha.

Os padres jesuítas
trouxeram a tradição de São João para o Nordeste brasileiro, e os
índios, que já adoravam dançar ao pé do fogo, aprovaram. As brasas da
fogueira são um exemplo dessas tradições: assim que se apagam, devem ser
guardadas. Conservam, desse modo, um poder de talismã que garante uma
vida longa a quem segue o ritual. Talvez por isso algumas superstições
dizem que faz mal brincar com fogo, urinar ou cuspir nas brasas ou
arrumar a fogueira com os pés.


Museu de Belas Artes (Budapeste) / Pinacoteca de Brera / Coleção Particular
São João Batista, São Pedro e Santo Antonio (da esq. para a dir.) ícones cristãos foram associados a festas pagãs que já ocorriam em junho
É claro que esse costume não é uma exclusividade brasileira. Na França, a
árvore de São João também era queimada no dia 24 de junho, em frente à
catedral de Notre-Dame, em Paris, e o povo disputava o carvão para
guardar como amuleto. Em países cristãos da Europa a comemoração adota
diferentes ritos e simbologias.

Outra tradição ligada às festas
juninas são as adivinhações feitas em nome dos santos. As mais populares
são as associadas a Santo Antônio, que ajudam na escolha do futuro
pretendente, como enterrar uma faca virgem na bananeira para que o
instrumento forme a letra inicial do nome do futuro noivo; colocar
papeizinhos enrolados com nomes masculinos dentro da água e esperar que o
primeiro se abra para apontar o nome do prometido; ou encher a boca de
água e ficar atrás da porta, esperando que alguém diga o nome de um
homem, revelando, assim, a identidade do futuro marido.

A
distribuição de “pãezinhos de Santo Antônio”, realizada no dia 13 de
junho nas igrejas católicas, e a dança de quadrilha, que acompanha a
encenação do casamento matuto, também são associadas ao santo
casamenteiro. O pão do santo é distribuído logo depois do Dia dos
Namorados, que no Brasil é celebrado em 12 de junho. Segundo a tradição,
as mulheres que querem se casar devem comê-lo e armazená-lo ao lado de
outros mantimentos, para que nunca falte alimento na casa.

As
quadrilhas acompanham a encenação do casamento do matuto, celebrado em
meio a fogueira, fogos, noivo, noiva, pai da noiva, sacristão, juiz e
delegado. Agitadas e cada vez mais coloridas, as quadrilhas podem se
apresentar ao ar livre, em palanques ou arraiais. Trata-se de uma dança
de salão de origem francesa na qual casais bailam ao som da sanfona e
outros instrumentos tradicionais.

Os participantes obedecem a um
marcador, que usa palavras afrancesadas para indicar o movimento que
devem fazer. O “balancê” (#balancer#), por exemplo, indica o momento em
que um casal apenas balança o corpo no ritmo da música, sem sair do
lugar, só marcando o passo. A mistura do linguajar matuto com o francês
deu origem ao “matutês”, com humor e sotaque do interior nordestino.

As
moças desfilam vestidos estampados e cheios de babados para exibir
bastante volume. A maquiagem é exagerada, com bochechas rosadas e batom
forte; o cabelo é penteado com o tradicional rabo de cavalo,
maria-chiquinha ou trancinhas. Os rapazes vestem-se com camisa xadrez,
lenço no pescoço e calça comprida remendada com retalhos de pano
colorido. O calçado pode ser alpercata de couro cru ou sapato fechado.

Na dança da quadrilha é preciso seguir os comandos “anavantur” (en avant tout) e “anarriê” (en derrière).
Devem-se executar apenas os passos gritados pelo marcador: cumprimento
às damas; cumprimento aos cavalheiros; damas e cavalheiros trocam de
lado; trocam de dama, trocam de cavalheiro; grande passeio; caminho na
roça; olha a cobra. Os tipos de passo dependem da criatividade de cada
grupo. No c’est fini das apresentações os casais se despedem acenando ao público.


Agência Enfoco / Divulgação
A banda de pífanos é uma das tradições da cidade de Caruaru
No Nordeste do Brasil, a música que embala as quadrilhas é o forró. E,
para entender como funcionam esses bailes, nada melhor que ouvir São João na roça, canção composta em 1952 por Luiz Gonzaga e Zé Dantas:

A fogueira tá queimando
Em homenagem a São João
O forró já começou
Vamos gente, rapapé neste salão.
(...)
Traz a cachaça, Mané.
Eu quero vê, quero vê páia voar.


Em
qualquer forró do Nordeste, chamar para o “rapapé” no salão significa
convidar mais casais para dançar o arrasta-pé, alusão feita ao movimento
dos pés arrastados no chão. Querer ver a “páia voar” é o mesmo que
desejar assistir à dança esquentar ou o espaço ficar disputado no salão.


Os festejos juninos são realizados em um espaço próprio, o
arraial, que é construído com madeira e palha de coqueiro ou palmeira e
decorado com bandeirinhas de papel colorido e balões. Quando o arraial
está reservado ao forró, o chão do terreiro é batido, e os casais dançam
no interior de um galpão com aberturas nas laterais, que garantem a
ventilação do lugar e servem para as pessoas espiarem os dançarinos.

O
forrozeiro Cecéu “de Campina” perguntou: “Quem foi esse inteligente que
inventou o forró?”. O folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo
respondeu à pergunta: o nome forró deriva de forrobodó e foi trazido ao
Brasil por escravos africanos que falavam línguas da família banto.
Forró significa arrasta-pé, farra, confusão. Surge como festa para
depois se transformar em gênero musical. É dançado juntinho e vem
misturado a vários tipos de música nordestina (baião, coco, rojão,
quadrilha, xaxado, xote), animado por pífano, zabumba, triângulo e pela
popular “pé de bode” ou sanfona de oito baixos.


Acervo Última Hora, Arquivo do Estado de São Paulo
Luiz Gonzaga ajudou a imortalizar a tradição junina em música e versos
A partir da década de 1950, quando milhões de nordestinos migraram para
as regiões Sudeste e Centro-Oeste, atraídos pelas oportunidades de
emprego geradas pela construção de Brasília e pela instalação de
empresas automobilísticas em São Paulo e no Rio de Janeiro, o forró se
espalhou pelo país. Logo começaram a surgir nessas capitais as primeiras
casas dedicadas ao gênero, que passaram a ser frequentadas por parte da
juventude local, por modismo ou preferência musical. Com o tempo,
outras denominações foram nascendo: forró pé de serra (tradicional,
rural), forró universitário (casas de show, urbano) e forró de plástico
(forró eletrônico, mais estilizado).

O sanfoneiro Luiz Gonzaga
(1912-1989), pernambucano de Exu, foi o pioneiro na difusão do forró no
eixo Rio-São Paulo, graças a canções como Forró de Mané Vito, Derramaro o gai e Forró do quelemente, todas gravadas a partir de 1949, em parceria com Zé Dantas.

A
entrada do forró no mercado sulista se deveu também ao talento do
paraibano Jackson do Pandeiro (1919-1982), natural de Alagoa Grande. O
famoso Forró em Limoeiro, parceria de 1953 com Edgar Ferreira,
estourou nas rádios da época, e muitas de suas músicas foram regravadas
por grandes nomes da música popular brasileira como Gal Costa, Alceu
Valença, Elba Ramalho, Zeca Baleiro, Paralamas do Sucesso e O Rappa,
entre outros. O maior de todos os tributos, no entanto, veio na forma da
canção Jack soul brasileiro, gravada em 1999 por Lenine e Fernanda Abreu.

Assim
como o forró, hoje as festas juninas fazem sucesso em todo o Brasil. No
entanto, as maiores, mais concorridas e mais tradicionais estão no
Nordeste. Afinal de contas, foi lá que as primeiras fogueiras de São
João arderam na América portuguesa.

Nadja Carvalho é
professora do programa de pós-graduação em comunicação da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) e pesquisadora da cultura popular nordestina


Divulgação
Abertura do São João de Campina Grande

Campina Grande, a maior do mundo

A maior cidade do interior da Paraíba festeja o São João mais aloprado
do mundo desde 1983 e disputa com Caruaru, em Pernambuco, o título de
maior festa do gênero. As duas cidades gostam de mexer uma com a outra:
qual das duas é a maior? Qual é a melhor? Quem deixa o brincante mais coió (cansado) com o forró pé de serra?

Luiz
Gonzaga largou no teclado da sanfona: “Lá no meu sertão pros caboclo lê
têm que aprender outro ABC”. Os versos fazem alusão ao linguajar
nordestino. O “paraibanês” mantém a sua língua afiada nas tradições. Por
isso o povo de Campina Grande diz: o São João daqui é aloprado, arretado e arrochado, que só vendo pra crer.

Os
festejos juninos duram os exatos 30 dias de junho. As quadrilhas e o
casamento matuto são responsáveis por um espetáculo colorido de ritmo
animado, cheio de coreografias que fazem rodopiar os babados dos
vestidos.

É regra o noivo chegar amuado (chateado), querer bota boneco (discutir) e tentar fugir, mas o pai da noiva promete um bufete, uma cipoada (murro, pancada forte), e o padre apressa o casório. A noiva costuma esconder a gravidez, sua mãe tem uma bilôla (sentir-se mal) e é amparada por uma marmota (pessoa desajeitada).

As
150 barracas formam um vilarejo. O pátio cenográfico reproduz uma
pequena cidade de interior: igrejinha, casa de barro, bodega e
cachaçaria. No interior da casa, o rádio na sala, a colcha de fuxico
sobre a cama, alguns santos e retratos de família pendurados na parede.
Os visitantes podem olhar de perto os objetos, ouvir o estalo da lenha
no forno e sentir o cheiro do milho assando.

Agora aumenta o pitoco (volume do som) pra ouvir o forró Sebastiana, composto em 1953 por Rosil Cavalcanti, que tornou o primeiro grande sucesso de Jackson do Pandeiro:

Convidei a comadre Sebastiana
Pra dançar e xaxar na Paraíba
Ela veio com uma dança diferente
E pulava que só uma guariba
E gritava: a, e, i, o, u ipsilone.


Nessa pisada, o xén én én de Campina Grande vai até de madrugada.


Caruaru, a capital do forró

Caruaru está situada a 135 km de Recife, Pernambuco. O seu São João, na
versão atual, acontece desde 1994. No Pátio Luiz Gonzaga é instalada a
Vila do Forró, uma área cenográfica de 1.500 m² que abriga um arruado
com casas coloridas, posto bancário, posto dos correios, prefeitura,
igrejinha e mercearia. Personagens caricatos moram em casas espalhadas
pelo vilarejo, como a da rainha do milho, a da rezadeira, a da parteira e
a da rendeira.

Na Vila do Forró os atores encenam o cotidiano da
região com humor. Oxente! Surgem o padre e as beatas, a parteira, o
soldado de polícia, o prefeito, o poeta. Coronel Ludugero e sua amada
Filomena passeiam entre as pessoas. O tiro do bacamarte não pode faltar.
Referência a grupos de atiradores que serviram na Guerra do Paraguai,
as exibições acontecem desde o final do século XIX.

A bandinha
de pífano é outra importante atração, imortalizada na obra do ceramista
Mestre Vitalino. Pode-se visitar sua casa no Alto do Moura para comprar,
ou apenas apreciar, réplicas de seus bonecos de barro. Nesse morro
acontece um #furdunço#, os jovens organizam arrasta-pé com caixa de som,
misturados a trios pé de serra ao vivo. Há várias opções de comida
típica e cachaçarias.

A Terra dos Avelozes costuma promover
atrações gigantescas. Bebidas e comidas enormes são servidas na
festança: maior quentão; maior pipoca; maior pamonha; maior cuscuz; bolo
de milho gigante; maior pé de moleque; maior arroz-doce; canjica
gigante; maior xerém e tradicional cozido gigante.

Em 1989, surgiram as drilhas,
resultado da mistura entre quadrilha e trio elétrico de Salvador. As
pioneiras foram Gaydrilha (homem no traje de matuta) e Sapadrilha
(mulher vestida de matuto). Apareceram outras: Piradrilha,
Diversãodrilha, Turisdrilha, Trokadrilha, Brinkadrilha e Nova Drilha. É
um tipo de forró no pé, como dizem seus brincantes, que comanda o trio
na avenida.

Há ainda a maior fogueira de São João, feita com
madeira ecológica, que é acesa no dia 28 de junho, em frente à igreja do
Convento. Desse jeito, é de arrebentar a boca do balão! 
cícera maria

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Anjos de resgate - estou aqui

Estou aqui pra ser amado e te amar
Te olhar nos olhos e deixar-me apaixonar
Diante de Ti pra me render ao Teu amor
E confessar minhas fraquezas; sou pecador
Também estou aqui pra pedir perdão
Pelas almas que ainda não buscam Teu coração
Te amar por quem não Te ama
Te adorar por quem não Te adora
Esperar por quem não espera em Ti
Pelos que não crêem
Eu estou aqui!!!
LINDA ORAÇÃO DE LOUVOR AO SENHOR JESUS CRISTO!
GLÓRIA AO PAI, AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO! AMÉM!

domingo, 22 de junho de 2014

Ele deu sua opinião e você, no que acredita, o que acha de tudo?



HOMILIA CENSURADA COMPLETA - Santa Missa Canção Nova Pe. José Augusto 05...




É um pronunciamento muito eloquente, sincero de uma pessoa que sabe o que diz e acredita no que fala.

 Ele deu sua opinião e você, no que acredita, o que acha de tudo?

quinta-feira, 19 de junho de 2014

CORPUS CHRISTI


O que é Corpus Christi:

Corpus Christi significa Corpo de Cristo. É uma festa religiosa da Igreja Católica que tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo. A festa de Corpus Christi acontece sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à quinta-feira santa quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia.
A festa do Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV no dia 8 de Setembro de 1264.
O Corpus Christi não é feriado nacional, tendo sido classificado pelo governo federal como ponto facultativo. Isso significa que a entidade patronal é que define se os funcionários trabalham ou não nesse dia, não sendo obrigados a dar-lhes o dia de folga.
Durante esta festa são celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão onde é conduzido geralmente pelo Bispo, ou pelo pároco da Igreja, o Santíssimo Sacramento que é acompanhada por multidões de fiéis em cada cidade brasileira. Em 2013, o Corpus Christi foi celebrado no dia 30 de Maio.
A tradição de enfeitar as ruas começou pela cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. A procissão pelas vias públicas, é uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina ao Bispo Diocesano que tome as providências para que ocorra toda a celebração, para testemunhar a adoração e veneração para com a Santíssima Eucaristia.
A procissão de Corpus Christi lembra a caminhada do povo de Deus, peregrino, em busca da Terra Prometida. O Antigo Testamento diz que o povo peregrino foi alimentado com maná, no deserto. Com a instituição da eucaristia o povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo.

JORNADA DA JUVENTUDE






TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE!


domingo, 15 de junho de 2014

- Programação Neurolinguistica


 



O que é PNL - Programação Neurolinguística?

     "Programação Neurolinguística" é uma expressão um tanto obscura que na verdade compreende três idéias simples.
A parte "Neuro" da PNL reconhece a idéia fundamental de que todos os comportamentos nascem dos processos neurológicos da visão, audição, olfato, paladar, tato e sensação. Percebemos o mundo através dos cinco sentidos. "Compreendemos" a informação e depois agimos. Nossa neurologia inclui não apenas os processos mentais invisíveis, mas também as reações fisiológicas a idéias e acontecimentos. Uns refletem os outros no nível físico. Corpo e mente formam uma unidade inseparável, um ser humano.
A parte "Linguística" do título indica que usamos a linguagem para ordenar nossos pensamentos e comportamentos e nos comunicarmos com os outros.
A "Programação" refere-se à maneira como organizamos nossas idéias e ações à fim de produzir resultados. A PNL trata da estrutura da experiência humana subjetiva, de como organizamos o que vemos através dos nossos sentidos. Também examina a forma como descrevemos isso através da linguagem e como agimos, intencionalmente ou não, para produzir resultados.
Do livro:
Introdução à Programação Neurolingüística - J.O'Connor/J.Seymour

Afinal, o que é PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA?

Esta pergunta é simples e ao mesmo tempo complexa, pois cada um de nós pode possuir uma idéia ou um conceito diferente e a maioria deles pode ser útil em algum contexto.
Agora, ter uma noção clara, precisa e palpável serve para desmistificar a PNL ao mesmo tempo que serve para eliminarmos resistências por parte de pessoas que têm preconceitos negativos sobre ela.
Penso que torná-la mais confiável, mais agradável e mais atraente para as pessoas é algo que todos que sabem do seu potencial querem conseguir (você não quer ?).
Outro ganho importante em saber o que é PNL é o seu próprio aumento de entusiasmo e vontade de aprender algo que está bem definido em sua mente.

Neste caso Richard Bandler pode ajudá-lo. Segundo Bandler PNL é:
"O ESTUDO DA ESTRUTURA DA EXPERIÊNCIA SUBJETIVA DO SER HUMANO E O QUE PODE SER FEITO COM ELA."
Este conceito é baseado na pressuposição de que todo comportamento tem uma estrutura e que esta pode ser descoberta, modelada e mudada (reprogramada).
Bem, esta definição, enquanto precisa e técnica, pode ser um pouco complexa para algumas pessoas, portanto eis outra mais simplificada:
"PNL é o estudo de como representamos a realidade em nossas mentes e de como podemos perceber, descobrir e alterar esta representação para atingirmos resultados desejados."
Getúlio Barnasque
Assim gostaria de enfatizar que uma das conseqüências da própria definição é que: "A PNL é uma ferramenta educacional, não uma forma de terapia. Nós ensinamos as pessoas coisas sobre como seus cérebros funcionam e elas usam estas informações para mudar." Richard Bandler.
Finalmente o que espero e desejo aos praticantes de PNL é que eles, em conhecendo a definição, cada vez mais saibam como o nosso sistema neurológico (NEURO) representa a realidade, como perceber e usar isto através da linguagem (LINGÜÍSTICA) e da comunicação não verbal e como ajudar as pessoas a organizar esta informação para atingir metas específicas (PROGRAMAÇÃO). Pensem a respeito disto.
 
Getúlio Barnasque, trainer em PNL certificado por Richard Bandler.
Artigo publicado em "O GOLFINHO Nº24 de OUT/96
Você pode ter acesso às idéias atuais de Richard Bandler em sua página: www.richardbandler.com